sexta-feira, 10 de julho de 2015

#lookdodia Eu não Acredito Nas Bruxas, mas que Elas Existem... Existem!

#lookdodia Eu não Acredito Nas Bruxas, mas que Elas Existem... Existem!

Comecei o catecismo criança, no meio do ano e questionava muitas coisas. A professora pediu para eu repetir o primeiro ano. Só que não voltei no ano seguinte.

Segui a vida longe da espiritualidade. Em 2008 fui morar sozinha e perto da minha casa tinha muitos sambas. Um dia uma amiga, até então distante, foi num desses sambas comigo. A empatia com nosso encosto de chacrete/passista/paquita incorporou num efêmero batismo sambista.

Nem imaginava que a partir daquele samba, longe da caricatura de um carola, essa minha amiga iria ser uma mentora de percepção bem diferente da minha professora de catecismo. O nome dessa minha amiga é Laura. Ela é psicóloga, mineira, sempre gostou de sambar mesmo antes de vir morar no Rio onde nos conhecemos.

Eu continuísta, sempre gostei de dançar. Comecei no ballet. O samba veio aos 18 anos numa peça que fiz na Mangueira. E lá no terreno verde rosa chamado escola, escola de samba, eu aprendi a sambar! Percebi nuances muito parecido com a resistência de pernas tão trabalhado anos no ballet.

Perdi a conta de quantas vezes numa roda de samba ao verem eu e Laura sambando alguém (geralmente mulher) vinham nos corrigir. O discurso é que nossa dança só era de carnaval e escola de samba e não ali numa roda de samba...

É a tal lei invisível que outro dia a Laura tão bem citou no meio da fenomenologia do avatar colorido semanas atrás no face. As ancestrais do catecismo ou do samba tem em comum a necessidade de ordenar ciclos literais excluindo a subjetividade da vida.

Na casa da minha avó materna, membro da igreja universal, não cantávamos parabéns para Cristo na noite de natal como a família da Laura faz. Fui batizada, mas repeti no catecismo. A maioria das missas que fui eram de 7o. dia. Nunca deixei de acreditar em Deus, mas era uma relação distante.

Um dia a Laura me falou de uma oficina de oração que fazia. Lá muitos paradigmas católicos foram positivamente quebrados dentro de mim. A oficina começava com um alongamento que lembrava até yoga ou meditação. O propósito é estarmos bem fisicamente para estarmos bem espiritualmente. Depois debatíamos e liamos muito, inclusive um livro de orações. Onde a maioria era focado em Deus de um modo geral sem ligamento com santos ou religião.

Tinha oração para acordar no início do dia. Oração para dormir no final do dia. E a nossa preferida a oração do diálogo e da verdade. Lá dizia que existem muitas verdades no mundo e que elas não se invalidam entre si. Deve ser a tal tolerância religiosa que hoje (8 de julho) me fez vestir branco.




Óbvio a intolerância que gera violência tem uma urgência fatal a ser combatida. Mas eu também estava num ciclo de intolerância, não violenta, mas estava. Ela começou quase como a tal lei invisível quando era uma menina querendo fazer catecismo. E mais visível quando me vi adulta e sem espiritualidade. Desde 2006 estava num processo de auto-conhecimento que a cada pequena conquista fez se necessário o amparo espiritual.

Muitos rituais religiosos tem dança. E a nossa maneira de sambar na sociedade nem sempre se encaixou como óbvia, mas elas nos conectou. Um despertar, de até me descobrir cristã apesar de não ser católica.

Laura sambou tão bem que virou rainha do maior bloco de carnaval do mundo o Cordão da Bola Preta. Serena estava na barriga quando fomos fazer a torcida no dia da disputa pela coroação. E tem muita gente que não sabe, mas a Serena é Serena por causa da minha oração preferida, a Oração da Serenidade.

No vídeo abaixo sobre Serenidade tem um trecho que diz; " O espírito sereno já se encontrou consigo próprio, sabendo exatamente o que deseja da vida...".




Gratidão por tudo e todos que me ajudam a descobrir meu caminho para serenidade que só depois de me desfazer da minha intolerância íntima pude refazer esse caminho.

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