terça-feira, 7 de julho de 2015

Look do dia #somostodosmarypoppins

Look do Dia #somostodasmarypoppin

Essas são duas bolsas que uso muito. A mochila lilás/roxa é da andarela, mas comprei num brechó. Ela é meio manchada, mas a amo mesmo assim. A bolsa transpassada comprei na Ponta Pé no Ilha Plaza. Tenho complexo de #somostodasmarypoppin e ver a bolsa como um mundo sem fim, onde moram muitos mundo. O mundo do kit fralda da caçula, um sos maquiagem, papéis, guarda chuva, dentre outros.

Por isso já tinha parado de usar bolsas pequenas, mas um certo medo de facadas me fez voltar a minha singela mochila. Da qual uso pouco como mochila com medo de puxarem rápido. Ou ela está de lado, ou na mão por essa alcinha.

Até me arrisco usar a bolsa grande quando vou no mercado, na creche das meninas, ou nos meus rituais Rapunzel Fashion Hair. Mas quando cruzo a fronteira do mundo tão tão tão distante da Ilha onde moro, é a mochila que me acompanha. E dentro dela nem guardo meu dinheiro todo, o levo no meu corpo. Num bolso, ou no sutian.

Domingo saí da ilha às 15hrs e voltei 21:30. Não tem mais van, ônibus frescão só dia de semana, ônibus expresso pela linha vermelha só de hora em hora. O jeito é ir de Av.Brasil. Onde no meio do caminho entram muitos meninos pela porta de trás, estavam com um celular cantando funk, das músicas uma me chamou atenção. Fala que o tráfico trazia um glamuor quase que como uma brincadeira de super herói. Foi forte ouvir aquilo ao vivo. Aos poucos o medo de facadas e cia sumiu e me lembrei que sou mãe e que um deles tinha até idade para ser meu filho.

Chegamos a casa show, o ônibus segueria para o bairro nobre da Ilha, o jardim guanabara. Hoje moro na Portuguesa, perto da tal casa show. Eu iria soltar. Eles também não segueriam para o nobre jardim. Enfim, os vi de perto na hora de soltar. Um deles ao me ver passar falou: "-Espera, deixa a moça descer na frente, sua mãe não te ensinou isso não?!". Eu que pensei que poderia ser um filho meu, me via simplesmente como a moça que queria ser cavalheiro. Será que é a mochila que também me deixa com ares de menina?!

Eu não sei para onde eles foram aqui na Ilha. Eu acabei parando no Contemporâneo para um chocolate quente com os restinhos de tique de refeição que estico desde que fui mandada embora depois da licença maternidade da caçula. E lá pensei em escrever sobre isso. Mas quase caiu no esquecimento. Mas assim que entrei no ônibus o motorista que também era trocador, acelerou de um jeito que um passageiro acertou meu nariz. Isso foi domingo e hoje é terça e meu nariz ainda dói. O ganho secundário foi que sempre que sentia meu nariz doer lembrava desse dia. E minha mochila ganhando mais mundos para guardar.

Dizem que na vida tudo é passageiro, menos o motorista e o trocador.
;)

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