domingo, 21 de junho de 2015

Look do Dia

Look do dia 
sapatilha verde escuro que comprei na Mrs.Cat

Agora o apego é a uma Rasteirinha Vermelho Fogo. Talvez por isso tinha esquecido a história daquela Sapatilha Verde Escuro. Mas hoje choveu. E aquela rasteirinha comprada numa loja que nem sei o nome, na quase saída da Ilha, teve que ficar em casa.

No dia que comprei Sapatilha Verde Escuro não tinha ido ao shopping comprar sapato. Eu tinha ido procurar o dvd do Renascimento do Parto. Só que meio em cima da hora a Nivia  tinha noticiado: MrsCat em liquidação. Sapatos por R$30! 

Estava na última semana da gestação da Mel. Meus pés estavam com um volume extra. Mas poxa, liquidação, Mrs.Cat, vou tentar resgatar minha perua! Tentei muito, mas quase nada fazia par com meu novo número . 

Acabei achando a Sapatilha Verde Escuro que facilmente estaria na Ponta Pé, pelo mesmo preço e sem o sufoco de uma liquidação que teve na minimalista decoração Mrs.Cat virar um fluxo Dissantine em época de volta às aula.

Segui para a Saraiva para comprar o dvd. Assim que entrei um apagão no Shopping Tijuca. E eu ali na escuridão a procura do dvd sobre dar luz. Curioso também é que o dvd era R$30, em preço normal e não estava em liquidação.

Diante da economia comprei "Não crie herdeiros, crie sucessores". Nunca tinha ouvido falar do livro, mas curti. Achei que o Pai Serena/Mel iria gostar. Pena que perdi o livro na confusão da mudança.

Estava sem tempo para qualquer outra liquidação surpresa. Eu tinha minha segunda sessão com a doula, a Aline. Não queria me atrasar. E já tinha remarcado para mais tarde porque fui comprar o dvd. E diferente da Tijuca, não tinha Saraiva no Ilha Plaza.

Eu precisava voltar para casa! Eu e meus novos sapatos quase perua. Eu e o livro que nem sabia que ía perder e que o Pai Serena/Mel nem chegou a ler. Eu e o tão desejado dvd. Tudo de volta ao reino tão, tão, tão distante chamado ironicamente de Ilha.

De volta para a Ilha, filha mais velha morta que nem farofa. A doula até reparou a rapidez em que a menina foi dormir com o Pai. Provável ressaca pós dia de praia, onde fomos antes de ir ao shopping.

Na praia marquei de encontrar a Lili, uma colega do trabalho. Criamos toda uma logística de produção que só quem trabalha na fábrica de novelar projac entende como criar cenas inusitadas.

Mel ganhou um berço com muito carinho da Sofia, filha da Lili. E foi lá, no calçadão de Ipanema num domingo de sol que começamos a mudança de tirar o berço de lá pra cá...

A praia foi doce como o danoninho orgânico que a Helena fez e que minha filha mais velha adorou comer. Para mim não era só uma inocente sobremesa. Era um protesto silencioso e ativo contra todos aqueles que insistem dar o danoninho da danone a minha filha mais velha quando não estou por perto.

Não conhecia a Helena pessoalmente, a via como uma simpática versão de uma Bella Gil acessível. Naquele dia ela ía a praia expor seus orgânicos no IpaBb. Mas num momento descalça, sem sapatilha nem rasteirinha, ela furou o pé num prego e não pode ir a praia. Nos desencontramos.

Helena mora em Copacabana. Assim como Mariana, a madrinha da minha filha mais velha. E num Delivery Dinda  Express, Mariana levou a doce encomenda para a Ilha.

Mariana me disse que de vez enquanto se lembra desse dia... O quanto se preocupou para o danoninho não estragar porque estava muito calor. E diferente daquele danoninho da danone, o danoninho da Helena era livre. Livre de conservantes que não parece, mas envenena. E quando a receita tem liberdade, fica um gosto de quero mais.

"Liberdade é aquela palavra que não há ninguém que explique, nem ninguém que não entenda...". E assim liberta, foi separado em dois. 

Metade do danoninho foi para praia e a outra metade congelada. E mesmo sem conservantes pude saborear o orgânico por mais tempo.

Bem como a chapeuzinho vermelho levando seus doces, a floresta ente Copacabana e Ilha não teve armadilhas. Ou pelo menos não teve para a Mariana e Helena.

O Pai da Serena/Mel aproveitou a presença da Mariana na casa da Ilha para ajudar a decidir onde colocaria um novo gancho da rede. Já tinha uma rede verde na varanda, mas esse seria um novo gancho lá na na sala. Pensado para ajudar a fazer uma posição para o parto da Mel, já que o parto seria em casa.

Na praia passou um homem vendendo redes.

A rede da varanda já estava meio velhinha. Ela tinha sido escolhida pelo Pai da Serena/Mel. Era na sua cor preferida: verde!

O vendedor de redes não tinha lilás que era a minha cor preferida... mas tinha laranja. E a decoração da sala era laranja. Não sei porque, já que não era a cor preferida de nenhum dos dois. E agora lá na Ilha teríamos duas redes.

Não sei se foi machismo, mas a rede me foi oferecida por quase R$300. Eram 10 pares da liquidação. Mas o Pai da Serena/Mel conseguiu negociar a compra para um pouco mais de R$100.

Na praia, meio que sem querer, revi a filha da Renata. Já muito curtida pelo virtual, fui dar um oi pessoalmente. Eu e a Mel no barrigão. Esqueci que a ordem dos fatores poderia alterar o produto. Falei ''oi ela é a Liz, né?". O pai sem a Renata e sem conhecer estranhou aquele meu rompante.

Era a ocitocina. Esse hormônio que tem na gestação, no sexo, na amamentação e que muitos chamam de hormônio do amor.

Há uma onda de ocitocina gratuita muito única na gestação. Esqueço que para muitos, como para o Pai Liz, sou quase estranha... mesmo me apresentando colega da mãe da menina.

Renata é uma ativista bem humorada. E num despretencioso post via face me lembrou da importância de ter uma doula. Que adivinhem?! Tinha levado para aquele nosso segundo encontro o mesmo dvd que nem precisaria ter ido na Tijuca procurar.

A praia foi no domingo. 

Na sexta seguinte foi o parto da Mel. 

E no outro domingo nos separamos.

Mel nasceu no dia seguinte do aniversário da Mariana e 13 dias antes do aniversário de sua irmã mais velha. A mãe canceriana com duas filhas virginianas e uma co-madre também virginiana. Não deve ser a toa que Marina a madrinha da Mel também seja canceriana.

No dia que a Mel nasceu, Mariana pariu sua carteira de motorista. Foi a primeira vez que Mariana fez a prova e já passou. Mariana sempre foi boa aluna desde 6a.série, mas tem uma fé que foi a Mel que a deu sorte na hora da prova.

É sorte pode ter por perto mulheres, e futura mulheres, que se conectam. São muitas em tantas. Mariana, Marina, Nivia, Helena, Aline, Lili, Sofia, Liz, Renata, Frida e Serena/Mel são só alguns exemplos. 

Essa sorte de uma união que não exige uniformidade. 

Inspiração bem como aquele mantra: "EU SEGURO MINHA MÃO NA SUA, UNO MEU CORAÇÃO AO SEU PARA QUE JUNTAS POSSAMOS FAZER TUDO AQUILO QUE NÃO POSSO/NÃO CONSIGO/NÃO QUERO FAZER SOZINHA".

Já foi quase ano desde daquela praia num domingo de sol no agosto de 2014. 

Uma nostálgica ocitocina transcedeu a gestação da Mel.

Ainda moro na Ilha, voltei a escrever e reativei o #acaradamãe. A Sapatilha Verde Escuro não está mais apertada, está até um pouco escorregadia. Pode ser que os pés tenham voltado ao normal ou talvez seja efeito da meia calça.

Chove no Rio. E Nivia conseguiu ir à alguma praia em algum ponto do Brasil.

O Ilha Plaza agora tem um singelo quiosque da Saraiva. E que quem sabe, dependendo da procura, vire uma loja. No quiosque ainda não tem dvd, muito menos danoninhos orgânicos.

Aline agora atende também no Centro num espaço coletivo para gestante.

Me inscrevi numa oficina literária no Catete organizada pela Renata. Essa oficina é numa rua muito próxima à casa que morei com com o Pai Serena/Mel assim que nos casamos. Foi lá onde começamos a montar nossa casa antes de ir para Ilha. E foi lá onde a rede verde foi comprada, onde a sala não era laranja.

Fui com a Rasteirinha Vermelho Fogo na primeira aula, Renata falou que estava bonita. Na segunda aula marquei de encontrar a doce Helena, mas o carro dela quebrou, ela ficou a pé e nos desencontramos. De dever de casa estou aqui exercitando as perspectiva das narrativas para nossa terceira aula que será no dia do meu aniversário de 32 anos.



Depois de ler esse texto, Paixão (ou melhor Ana) disse que ficou encantada. 

Narrou muito bem suas impressões. Começou dizendo que só teve o prazer de ver Serena/Mel pelo face. E que morre de rir com #pérolasdeserena, um álbum que reuni frases espontâneas que minha filha mais velha diz. E que a história a prendeu desde início mesmo não conhecendo ninguém do texto e nem vivendo aquela rotina. Por exemplo, ela ficou curiosa para saber o que é uma doula.

Paixão ainda não tem filhos e nem se casou. Paixão não conhece a ocitocina de uma gestação e nem seus efeitos colaterais de inchar os pés. Paixão não sabe como é a impotência de não ser onipresente sobre o que é oferecido a um filho seu.

Paixão (ou melhor Ana) disse que se hipnotizou. E eu me rendi a Paixão e passei a reeditar o texto com os comentários. E outras mulheres apareceram: Ana Paula, Myriam, Camila e Priscila.

Mesmo morando na mesma Ilha, Paixão notou que não chegou a conhecer o Pai Serena/Mel. E olha quem me apresentou a Paixão (ou melhor Ana) foi a Ana Paula. E a Ana Paula conhece o Pai do Danilo, o melhor amigo do Pai Serena/Mel. 

Talvez Myriam consiga apresentar mais o Pai Serena/Mel do que eu. Myriam acompanha o #caradamãe e é amiga da Avó Paterna da Serena/Mel. Provavelmente conheceu os outros relacionamentos do Pai Serena/Mel antes de mim e conhecerá os que estão por vir. Mas eu em especial, Myriam só conhece pelo virtual. Myriam foi a primeira receber a notícia da volta do #acaradamãe.

Camila achou que foi um texto inspirado. Ela nem sabia que aquela Priscila que tinha comentado  sobre o texto ser lindo foi quem inspirou narrar sobre a vida dessa Sapatilha Verde Escuro.

Na verdade não foi bem a Priscila, foi em como será a vida de seu novo vestido que inspirou. Ele é preto e de crochê. Priscila estava em casa, não ía sair, mas ao experimentar seu vestido novo resolver sair. Até hoje não sei como foi a noite do Vestido Preto de Crochê... Mas pelo que conheço da Priscila deve ter sido divertido!

Sinto como aquele conto da menina dos Sapatos Vermelhos que tem vida própria. O objetivo era também chegar na história do meu Vestido Preto que usava junto com Sapatilha Verde Escuro no dia que comecei a escrever o texto. Só que foram tantos acontecimentos a narrar que não deu tempo de chegar no vestido. Ainda...

Talvez um dia meu Vestido Preto se encontre com o Vestido Preto de Crochê da Priscila. Acho que ela ainda mora no reino tão tão tão distante da ironica Ilha, pelo menos foi lá há 9 anos onde eu a conheci.


#acaradamãe2015voltamos

Nenhum comentário:

Postar um comentário